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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Uma história de intolerância em São Paulo!


Morto na saída de um metrô em São Paulo!

- Foi o golpe fatal. Torturado, humilhado, deu um ultimo suspiro e caiu.

PARTE I

Fora uma noite sem igual:

A alegria das musicas, pessoas belas, alegres, dançando, se divertindo

O melhor da noite fora, sem dúvida, aquele esbarrão que sofrera propositalmente.

O "carinha" do esbarrão tornaria sua noite mais festiva e excitante.

Tal era a felicidade que, sem qualquer alarde, logo amanheceu.

PARTE II

"O Amor. Quem o pode compreender? Surge inesperadamente e faz de duas almas suas eternas vitimas."

Resolveram sair pela cidade ao amanhecer, de mãos dadas, pobres ingênuos.

- Peguem esses "viados!" - Romperam, como trovões, em uma noite calma, gritos.

CORRERAM. Corações celerados, tomados pelo pânico, tropeçando em seus próprios pavores, à frente de uma turma INSANA armada com paus, canivetes, facas, correntes e ódio, muito ódio. DISTANCIARAM-SE.

Um deles refugiou-se no metrô , outro não se sabe para onde foi.

Dentro do metrô os olhos do Jovem de apenas 18 anos estavam em lágrimas de desespero e medo.

PARTE III

Naquele instante de desespero veio à mente daquele menino a lembrança de sua mãe. Ela não dormia até que ele chegasse; Com certeza estava na sala, a mexer nos controles da TV, esperando-o.

Filho único e arrimo de família; De seu trabalho sustentava sua mãe doente e viúva e um seu afilhado de apenas 8 anos.

PARTE IV

Permaneceu sentado no chão frio do metrô alguns instantes. Tremia muito, não era o frio, era o medo, o pânico.

De repente novos berros, o descobriram.

Tentou correr e foi alcançado por um de seus perseguidores que lhe passou uma rasteira e lançou-o ao chão.

Um golpe, mais golpes e, foram tantos e tantas as dores que já não era possível dimensioná-los;

Seus olhos perderam a visão, o sangue escorria por entre seus dentes quebrados, os inchaços em seus olhos já não mais enxergavam a luz;

Cego e caído só ouvia os impropérios dos selvagens em matilha.

Veio o golpe fatal: Torturado, humilhado, deu um último suspiro e caiu... -

Seu crime: Era Gay!

(História verídica ocorrida um dia numa saída de uma boate em São Paulo)

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