Morto na saída de um metrô em São Paulo!
- Foi o golpe fatal. Torturado, humilhado, deu um ultimo suspiro e caiu. –
PARTE I
Fora uma noite sem igual:
A alegria das musicas, pessoas belas, alegres, dançando, se divertindo
O melhor da noite fora, sem dúvida, aquele esbarrão que sofrera propositalmente.
O "carinha" do esbarrão tornaria sua noite mais festiva e excitante.
Tal era a felicidade que, sem qualquer alarde, logo amanheceu.
PARTE II
"O Amor. Quem o pode compreender? Surge inesperadamente e faz de duas almas suas eternas vitimas."
Resolveram sair pela cidade ao amanhecer, de mãos dadas, pobres ingênuos.
- Peguem esses "viados!" - Romperam, como trovões, em uma noite calma, gritos.
CORRERAM. Corações celerados, tomados pelo pânico, tropeçando em seus próprios pavores, à frente de uma turma INSANA armada com paus, canivetes, facas, correntes e ódio, muito ódio. DISTANCIARAM-SE.
Um deles refugiou-se no metrô , outro não se sabe para onde foi.
Dentro do metrô os olhos do Jovem de apenas 18 anos estavam em lágrimas de desespero e medo.
Naquele instante de desespero veio à mente daquele menino a lembrança de sua mãe. Ela não dormia até que ele chegasse; Com certeza estava na sala, a mexer nos controles da TV, esperando-o.
Filho único e arrimo de família; De seu trabalho sustentava sua mãe doente e viúva e um seu afilhado de apenas 8 anos.
PARTE IV
Permaneceu sentado no chão frio do metrô alguns instantes. Tremia muito, não era o frio, era o medo, o pânico.
De repente novos berros, o descobriram.
Tentou correr e foi alcançado por um de seus perseguidores que lhe passou uma rasteira e lançou-o ao chão.
Um golpe, mais golpes e, foram tantos e tantas as dores que já não era possível dimensioná-los;
Seus olhos perderam a visão, o sangue escorria por entre seus dentes quebrados, os inchaços em seus olhos já não mais enxergavam a luz;
Cego e caído só ouvia os impropérios dos selvagens em matilha.
Veio o golpe fatal: Torturado, humilhado, deu um último suspiro e caiu... -
Seu crime: Era Gay!
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