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NUNCA VOU DESISTIR DE LUTAR!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MINHA HISTÓRIA E MINHAS PRECES,

Senhor! São tantas as injustiças, que te peço, conceda-me ao menos tentar ser mais justo. É tanta falta de amor que suplico-te, conceda-me o poder de amar mais o meu próximo. A Ganância por poder e dinheiro é tão grande que venho pedir-te, dê-me o suficiente para que eu te possa ser agradecido e o suficiente para que eu não me venha esquecer que de ti dependo. Tanta gente chora e sofre enquanto escrevo-te esta carta que em minha singela prece,conceda-me , o melhor possível,enxugar e diminuir nem que seja a dor e o sofrimento de uma única dessas pessoas. Seria-te possível colocar seus anjos em casa asilo, onde alguém não dorme de dor? Em cada hospital e UTI, onde muitos lutam arduamente pela sobrevivência e médicos e enfermeiros fazem seus plantões?
São tão poucos os meus amigos senhor que te agradeço por tê-los, pois, com uma quantidade tão reduzida me desta em qualidade tão grandiosa que minha alma se satisfaz com cada um deles.

Hoje senhor, almocei, lanchei, jantei e na minha mesa, não com muita fartura, houve o pão de cada dia; Por isso senhor, peço-te pelos que padecem de fome e sede no mundo todo.
O mundo é muito confuso mesmo e complicado; guerras no oriente médio, busca por petróleo, gente morrendo indistintamente, o mundo é muito complicado mesmo senhor, por isso peço-te que o mantenha em teu manto de amor e misericórdia e em Tua justiça que é infinda.

Por lucas Nielzel. Por que esse poema me emocionou? Por que para mim demonstra a realidade de uma vida que conheço bem. Foi escrito por alguém que nunca se preocupa em escrever belos e arranjados e diga-se vazios versos. Ele escreve a realidade, pelo menos para ele é a realidade. Cada letra é como uma gota de sangue que percorre sua veia e trás de dentro do seu coração, da sua alma, o desabafo e o desapego, mesmo que triste, a qualquer tipo de vida mesquinha e mediocre.
ViveVivendo sozinho num mundo
O
Vivendo sozinho num mundo
Onde já nada importa
Um mundo obscuro
Caindo lágrimas numa ferida aberta
Onde a alegria não quer voltar
Onde o sonho se solta

Não deixo que me compreendam
Porque nem eu quero me compreender
Sei do meu futuro
Antes não soubesse
Sou como uma criança assustada
Que no meio da noite
Está em busca de se sentir amada
E mesmo com esses vultos que me rodeiam
A solidão insiste em comparecer

Não, já não tenho mais medo de sofrer
Já não procuro proteção
Estou sempre desprotegido
Só não vou mais acreditar
Em uma triste ilusão...
nde já nada importa
Um mundo obscuro
Caindo lágrimas numa ferida aberta
Onde a alegria não quer voltar
Onde o sonho se solta

Não deixo que me compreendam
Porque nem eu quero me compreender
Sei do meu futuro
Antes não soubesse
Sou como uma criança assustada
Que no meio da noite
Está em busca de se sentir amada
E mesmo com esses vultos que me rodeiam
A solidão insiste em comparecer

Não, já não tenho mais medo de sofrer
Já não procuro proteção
Estou sempre desprotegido
Só não vou mais acreditar
Em uma triste ilusão...
ndo sozinho num mundo
Onde já nada importa
Um mundo obscuro
Caindo lágrimas numa ferida aberta
Onde a alegria não quer voltar
Onde o sonho se solta

Não deixo que me compreendam
Porque nem eu quero me compreender
Sei do meu futuro
Antes não soubesse
Sou como uma criança assustada
Que no meio da noite
Está em busca de se sentir amada
E mesmo com esses vultos que me rodeiam
A solidão insiste em comparecer

Não, já não tenho mais medo de sofrer
Já não procuro proteção
Estou sempre desprotegido
Só não vou mais acreditar
Em uma triste ilusão...

Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi à enfermeira Dane, minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais.

Eu era uma jovem "sarada", criada em uma excelente família de classe média alta. Meu pai é engenheiro eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa.

Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio.

Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana frequentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. Fui com uma turma de amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta em um famoso barzinho da Rua XV. À noite fomos ao "PROEB" e no "Pavilhão Galego" tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco.

Aquela movimentação de gente trimaneira. Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Que sensação legal curti a noite inteira "doidona", beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os "meganha", porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os "otários" não percebiam.

Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando voltei ao apartamento quase "vomitei as tripas", mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual.

No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um "ap" no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino... Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30h da manhã fomos ao "ap" dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado "Cigarro de Maconha", que me ofereceram.

No começo resisti, mas chamaram a gente de "Catarina careta", mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente. O garoto mais velho da turma, fazia carreirinha e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem, naquele dia.

Retornamos para casa mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino "DRUGS". Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não com partilhávamos a seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó. No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível.

Comecei a comprar a "branca" a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus "novos amigos". Às vezes a gente conseguia o "extasy", dançávamos nos "Points" a noite inteira e depois farra. O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida.

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando.

Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro. Quando eu saía da Clínica aguentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família. Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.

Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha. Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo. Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo.

Estou internada, com 24kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca... Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.

OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis. Descreve a enfermeira Dane, que Patrícia veio a falecer 14 horas após terem escrito essa carta, de parada cardíaca respiratória em consequência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.

PEÇO-LHES QUE ENVIEM ESSA CARTA A TODOS ... SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ PODE E FOI ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM! O CONTEÚDO DESSA CARTA ACONTECE TODOS OS DIAS NO BRASIL E NO MUNDO.

Carta recebida por e-mail para divulgação.
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