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sexta-feira, 22 de agosto de 2008




No Irã nós não temos homossexuais como em seu país. No Irã, nós não temos esse fenômeno.
Ao pronunciar a frase em seu discurso na Universidade Columbia (Nova York), na segunda-feira, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, omitiu uma perseguição sistemática aos gays imposta pelo regime teocrático islâmico. A opinião é de Arsham Parsi, de 27 anos, que foi obrigado a trocar o Irã pelo Canadá em 2005, depois de assumir a identidade sexual e ser caçado pela polícia.

Em entrevista por telefone ao Correio, o diretor da organização não-governamental Iranian Queer Organization (IRQO - Organização dos Homossexuais Iranianos), com sede em Toronto, denunciou a violação dos direitos humanos em sua terra natal. Ahmadinejad é bastante homofóbico. Espero que todas as nações saibam que o Irã não tolera homossexuais?, desabafou Parsi.

Para o ativista, a declaração de Mahmud Ahmadinejad revela como pensa o chefe de Estado. Ele simplesmente nega o homossexualismo. Na realidade, o presidente quis dizer que seu regime não aceita qualquer sinal de homossexualismo, comentou. Parsi lembrou que Ahmadinejad rejeita a presença de gays no Irã do mesmo modo que nega o Holocausto, os prisioneiros políticos, o desrespeito aos direitos humanos e a perseguição aos estudantes. Ele se recusa a reconhecer os direitos dos gays e defende o silêncio sobre o tema.

De acordo com Parsi, não é preciso ser gay para ter a vida ameaçada no Irã. O regime de Ahmadinejad pune atos homossexuais como se fossem crimes de lavaat (sodomia) e nos iguala a pedófilos e estupradores de crianças, denunciou o diretor da IRQO. Qualquer ato que as forças policiais julguem ser homossexual é punido com a morte. Muitas pessoas morrem sem saber o motivo, contou.

Execução
Ainda segundo Parsi, os métodos de execução incluem enforcamento, corte por espada, apedrejamento e chibatadas. Um texto publicado no site de internet da IRQO sustenta que o governo iraniano apóia essas punições e se recusa a aceitar que elas têm raízes no ódio. Diante do regime fechado, a ausência de informações sobre homossexualismo leva muitos pais a rejeitarem a orientação sexual de seus filhos. Há vários relatos de assassinatos no meio familiar, e tivemos conhecimento do caso de um pai que queimou o filho após ele se assumir gay, revelou o ativista.

A Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos (Isna) informou que uma das mais recentes execuções ocorreu no dia 19 de julho passado. M.A. e A.M., dois supostos gays entre 16 e 18 anos, foram enforcados na Praça da Justiça, na cidade de Masshad (nordeste). Antes de serem mortos, ambos ficaram presos durante 14 meses e cada um recebeu 228 chibatadas. Entidades de defesa dos direitos de homossexuais sustentam que mais de 4 mil lésbicas e gays foram executados desde a Revolução Islâmica de 1979. (vide foto no titulo do blog)

Com medo da perseguição, homossexuais iranianos buscam refúgio em países europeus e na América do Norte. Muitos sofrem com a lei homofóbica de um país homofóbico e pedem para serem acolhidos como refugiados, disse Parsi. No ano passado, a IRQO registrou a fuga de 70 deles do Irã. A organização publica a Cheragh, revista persa dirigida à comunidade de gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes no Irã. E mantém um programa de rádio semanal chamado Raha (Liberado, em inglês).

Ao discursar ontem na Assembléia Geral da ONU, o presidente Mahmud Ahmadinejad acusou o governo norte-americano de violar os direitos humanos. Lamentavelmente, os direitos humanos estão sendo amplamente violados por certas potências, especialmente as que fingem ser seus únicos defensores, disse, sem citar nominalmente os Estados Unidos. Instalar prisões secretas, seqüestrar pessoas, julgar e punir em segredo sem que haja o devido processo (legal), gravar conversas telefônicas, interceptar e-mails. Tudo isto se transformou em algo comum, criticou. URL:: http://www.correioweb.com.br

2 comentários:

RICK disse...

Creio que os evangélicos homofóbicos do Brasil, ao invés de lutarem contra direitos que garantam aos Gays no nosso país a segurança e a liberdade que são garantidos a todos os cidadãos, colocassem as mãos à consciência e refletissem se essa não é a bárbarie que eles tanto desejam ver aplicada em nosso país.

Anônimo disse...

Que cenas terríveis, amigo! Como se pode fazer algo tão monstruoso com meninos que não cometeram maldade alguma? Que não pecaram contra a vida nem contra a natureza? Que apenas faziam AMOR? Usar de violência para obrigar-se alguém a fazer sexo, ou seja, violentar-se alguém é um crime, mas fazer sexo com quem se tem atração, com quem se tem prazer é um ato de AMOR. Monstros! Criaturas do mal! Gente sem amor no coração, cheios de sede de sangue! Eles são os errados, eles são os pecadores, eles são os pervertidos, não os pobres meninos que tanto sofreram sem merecer. Parabéns, amigo Ricardinho! Continue denunciando essas monstruosidades para que, talvez, um dia, não aconteçam mais.